O processo educacional está em evolução nestes avanços os recursos tecnologicos auxiliam o processo de aprendizado, mudanças significativas para o contexto escolar tão carente e com demandas pertinentes.Percebe-se que envestimentos estão sendo realizados para que as escolas disponibilizem tal recursos, de acordo com o plano nacional, há uma preocupação em implantação "de novas salas e complementação de recursos tecnológicos às salas existentes.Salas de Tipo I, com kit geral* de recursos Salas de Tipo II, com kit adicional de recursos para o ensino do Braille. *Mobiliários, equipamentos e materiais didáticos e pedagógicos acessíveis."
O governo tem como meta Meta 2011
- 12.000 escolas adaptadas
- R$ 100 milhões
Meta 2012-2014
- 30.000 escolas adaptadas
- R$ 300 milhões.
Cabe destacar que muitos educadores já utilizam de forma muito positiva os recursos disponibilizados, tais ferramentas tem facilitado e muito o processo ensino e aprendizado, ações de motivação tanto aos alunos e professores, sendo que os resultados são o crescimento para ambos.
Tecnologias assistivas auxiliam e fortalecem o contexto educacional proporcionando desta forma a inclusão de todos.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Artigo :Adaptações curriculares na busca de uma educação inclusiva
Adaptações curriculares na busca de uma educação inclusiva
Rejane Gonçalves Mota Souza
RESUMO
As adaptações curriculares dentro de uma perspectiva de educação inclusiva tem despertado interesse no contexto escolar abrindo deste modo fóruns de discussão sobre a sua importância na garantia de uma educação plena para que todos tenham acesso e permanência.. Esse artigo tem como tema central "As adaptações curriculares” uma reflexão entre as novas possibilidades de implementação no cotidiano escolar, ferramenta facilitadora entre os educadores e seus educandos. O cotidiano escolar ao longo dos anos vem sofrendo transformações, deste modo exigindo de novas práticas educacionais, um novo olhar em relação ao exercício docente com o intuito de desvelamento, buscando conhecer e compreender a trajetória da inclusão escolar. A legislação educacional tem o papel normativo de garantir a inclusão, porém a lei não consolida ao ser posta em prática, depende deste modo da integração e da participação de toda comunidade escolar para que assim, ocorram as devidas mudanças e transformações. Diante deste contexto as adaptações curriculares numa escola inclusiva apresenta e sugere desafios de uma nova superação, como ferramenta facilitadora para desenvolvimento educacional para os alunos buscando seu crescimento e melhor aprendizado.
Palavras-chave: Educação inclusiva- competências do educador - adaptações curriculares –
A educação inclusiva tem como ponto de vista os documentos legais, os planos e políticas educacionais. Esta tem por objetivo oportunizar a acessibilidade de todos os Portadores de Necessidades Educativas Especiais (PNEE), atendendo dessa forma, as exigências de uma sociedade que vem combatendo preconceito e discriminação. Com isso, nota-se ainda, que é relevante observar as condições das instalações para que haja a mobilidade com autonomia e segurança constituindo o direito universal e desse modo resultar conquistas sociais dentro do contexto de cidadania.
A inclusão escolar, a ser implementada desde os primeiros anos de vida da criança torna-se uma alternativa no dito período infantil, oportunizando o convívio com outras crianças dentro das classes regulares. Dentro dessa nova perspectiva, a educação assume as funções social, cultural e política, garantindo, além das necessidades básicas essenciais ao processo de desenvolvimento e aprendizagem, a construção do conhecimento de forma significativa, através das interações que estabelece com o meio. Assim, a escola promove a oportunidade de convívio com a diversidade e a singularidade, e a participação de alunos e pais na comunidade de forma aberta, flexível e acolhedora. Deste modo CARVALHO traz pág.101.
“Ao pensar na proposta de educação inclusiva, além de estendê-la a todos sem exceções, cumpre relembrar que o processo educacional não se limita ao espaço escolar.
Na escola ele se sistematiza no projeto curricular que inspira as práticas pedagógicas, com ênfase para a desenvolvida em sala de aula.”
Numa escola inclusiva, parte-se do princípio de que a diversidade é um aspecto enriquecedor de um grupo e de que as respostas diferenciadas exigidas por alguns alunos podem beneficiar todos os outros.
Nesta perspectiva, a questão da inclusão se tornou uma das alternativas possíveis para que o processo de inserção se torne verdadeiramente produtivo é necessário que haja uma integração entre toda a comunidade escolar, onde todos possam acolher e reconhecer as diferenças individuais que atendam a todos que necessitam.
Deste modo percebe-se que a educação inclusiva vai além dos muros escolares, o processo de aprendizado não decorre apenas no contexto escolar, vai além, envolve também o seio familiar e a sociedade. CARVALHO menciona na pág.102: “ a proposta de educação inclusiva tem provocado uma verdadeira crise de identidade na escola, levando-a a ressignificar seu papel, suas crenças, políticas e práticas pedagógicas”.
Assim, neste contexto se faz necessárias reflexões para buscarmos qualidade no ensino aprendizado revendo práticas obsoletas.
A escola exerce uma função primordial na vida de todos os sujeitos envolvidos com ela. Depende do grupo docente, que estas funções sejam desempenhadas de forma a construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos, inclusive e, principalmente, para aquelas pessoas que apresentam algumas desvantagens e que está há muito tempo à margem de nossa sociedade. Conforme BLANCO pág. 290:
“ A educação escolar tem como objetivo fundamental promover, de forma intencional, o desenvolvimento de certas capacidades e apropriação de determinados conteúdos da cultura, necessários para que os alunos possam ser membros ativos e seus âmbito socialcultural de referência. Para atingir o objetivo indicado, a escola deve conseguir o difícil equilíbrio de oferecer uma proposta educativa”.
Tendo em vista a subjetividade de cada aluno, existem necessidades comuns e compartilhadas por todos, neste cenário que precisam ser levados em consideração sua bagagem sociocultural para as devidas adaptações curriculares, deste modo menciona ainda BANCO pág. 290.
“ O conceito de diversidade remete-nos ao fato de que todos os alunos tem necessidades educativas individuais próprias e especificas para ter acesso ás experiências de aprendizagem necessárias à sua socialização cuja satisfação requer atenção psicológica individualizada.
Percebe-se deste modo que nem toda limitação do educando é especial, assim algumas necessidades individuais podem ser atendidas com uma atividade diferenciada que o professor pode desenvolver em sala de aula, para que se tenha êxito e sucesso vai depender do educador conheça as necessidades específicas deste aluno demonstrando afeto e sentimento a seu respeito, principalmente daqueles que apresentam maiores positivo dificuldades, pois estes alunos se sentirão confiantes e perceberão que o professor acredita em suas potencialidades e capacidades de aprender e se desenvolver. Sentimentos de autoconfiança e afeto são fundamentais para a aprendizagem e, com isto, consiga interagir de maneira pertinente.
Para facilitar o ensino aprendizado um currículo aberto e flexível é condição primordial para dar conta á diversidade que se situa no contexto educacional, neste cenário implica novas decisões a serem tomadas para assegurar a igualdade de oportunidades
Deste modo há também a necessidade ler, refletir sobre a lei que fala sobre currículo, pois um plano pedagógico e como todo plano, pode ser revisto, modificado e adaptado. Os alunos precisam de uma metodologia voltada para suas necessidades. COLL na pág. 292 traz: “ A experiência demonstra que a resposta à diversidade e à educação dos alunos com necessidades especiais deve ser um projeto da escola, e não de professores isolados.”
Assim, a integração dos atores envolvidos é o primeiro passo ao sucesso no aprendizado, ter um olhar diferenciado e incluir este olhar nas adaptações curriculares e o caminho, tendo em vista que as pessoas não são iguais, portanto o aprendizado também não é igual. A aprendizagem situa-se num processo de enriquecimento tanto para quem oferece como para quem recebe.
Assim, é no planejamento que as competências do educador estarão a prova, visto que no plano esta o difícil equilíbrio em formatar a demanda de cada educando. “ Isso implica o conhecimento tanto de características e das necessidades educativas do grupo(níveis de competências curricular, interesse, tipos de relação que se estabelecem “ COLL pág. 293
Desta forma cabe romper com estigmas tradicionais onde o convencional de alunos fazendo a mesma coisa, na mesma hora e trazer o novo, organizar novas proposta a frente a superação de dificuldades e limitações. Neste contexto reconsiderar novos valores trazidos pelos educando deste modo conseguindo maior integração e participação.
Cabe os educadores avaliar bem as probabilidades de aprendizados dos alunos, valorizando suas especificidades. Assim, COLL completa na pág. 294:
“Sempre que se inicia um processo de aprendizagem, mediante as diversas unidades didáticas, é fundamental explorar os conhecimentos, as idéias e as experiências anteriores dos alunos acerca de novos conteúdos, e durante o próprio processo observar como avançam, de modo a proporcionar-lhe as ajudas necessárias. “
Portanto a competência do educador em ajudar a construir novas formas de aprendizados torna-se mais significativas e exitosas. COLL ainda contempla trazendo alguns pontos significativos e importantes para organização do seu planejamento pág.294 à 296.
*Utilizar estratégias metodológicas diversificadas com base em alguns princípios pedagógicos essenciais que permitem ajustar a ajuda pedagógica às diferentes necessidades aos estilos de aprendizagem e os processos de construção de cada aluno;
*Utilizar estratégias de cooperativa;
*Oferecer experiências e atividades diversificadas que permitam trabalhar conteúdos com diversos graus de complexidades;
*Abrir a possibilidade de que os alunos escolham entre diferentes atividades e decidam a forma de realizá-las;
* Dar oportunidades para que os alunos pratiquem e apliquem de forma autônoma o que aprenderam;
*Utilizar uma gama de materiais que possibilitem diferentes atividades, que abordem determinados temas e conteúdos com diferentes níveis de complexidade e permitam diferentes formas de utilização;
*Combinar diferentes tipos de agrupamento, tanto no que se refere ao tamanho como critérios de homogeneidade ou heterogeneidade que permitam proporcionar respostas diferenciadas em função dos objetivos que se persigam, da natureza dos conteúdos a trabalhar e das características e dos interesses dos alunos;
* Utilizar procedimentos de avaliação distintos que se adaptem a diferença estilos e capacidades e possibilidades de expressão dos alunos;
* Organizar o espaço de sala de aula de forma que seja agradável, facilite a autonomia e a mobilidade dos alunos e possa adaptar se ao diferentes tipos de atividades e agrupamentos;
* Organizar o horário da classe levando em conta o tipo de metodologia e de atividade a realizar como também as necessidades de apoio de que possam necessitar determinados alunos;
Criar um clima de respeito e de valores entre alunos: estabelecer canais de comunicação; propor atividades que propiciem a coesão do grupo e a regulação da vida da classe.
O item mencionado acima contempla bem a forma de organização de ensinos estratégias facilitadora para a educação dos alunos. Deste modo situa-se no processo de iniciativa para seu desenvolvimento e crescimento, ressaltando a diversidade de cada individuo.
As adaptações curriculares não estão atreladas somente aos alunos com necessidades especiais, mas a todos que por condições adversas necessitam defasagem no seu aprendizado.
Deste modo cabe ao educador avaliar e identificar tais defasagem, CARVALHO pág. 105 menciona que as adaptações curriculares incidem em alterações diretamente realizadas pelos professores para dar respostas às necessidades de cada aluno, individualmente dos que se deparam com dificuldades na aprendizagem. Cabe destacar ainda:
“ Não se trata de elaborar um outro currículo e sim trabalhar com o que for adotado, fazendo ajustes necessários “flexibilização nos objetivos, conteúdos, metodologia de ensino, temporalidade, e nas práticas de avaliação da aprendizagem”. (CARVALHO pág. 105)
È bom lembrar que o projeto curricular de uma escola inclusiva é uma medida extraordinária e implica sua justificativa, pois as adaptações curriculares assegura ao educando meios e respostas educativas, consegue estabelecer uma relação entre a necessidade educativa individuais e coletivas, ordena a participação dos diferentes profissionais, beneficia a participação e colaboração da família, requer,gradualmente, o aluno para situações mais normalizadoras.
COLL (2004) apresenta muito claro as características das adaptações curriculares onde possuem maior valorização da avaliação inicial para tomada de decisões, não há necessidade de explicar todos as informações com a mesma exaustividade, mas apenas aqueles em que é necessários proporcionar situações freqüentes, são planejadas em conjunto entre o professor e os especialistas que desenvolvem apoio e assessoramento.
As adaptações curriculares devem ser pensadas por escrito, para que aja uma sistematização de todo o processo. COLL, 2004 pág.299) destaca que importante contemplar: :
“ Informações relevantes do processo de avaliação; definição das necessidades educacionais especiais,proposta curricular que especifique as decisões relativas ao quê, como e quando ensinar e avaliar nas diversas áreas que necessita, provisão de recursos materiais, ajudas pessoais e modalidades de apoio, colaboração da família, acompanhamento das decisões tomadas
Assim no que se refere aos ajustes que cabem ao professor desenvolver e programar para garantir o acesso do aluno com necessidades especiais a todas as instâncias do currículo escolar encontram-se, de maneira geral: criar condições físicas, ambientais e materiais para a participação do aluno com necessidades especiais na sala de aula; favorecer os melhores condição de comunicação e de interação do aluno com as pessoas com os quais convive na comunidade escolar; favorecer a participação do aluno nas atividades escolares; atuar para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos necessários; adaptar materiais de uso comum em sala de aula; adotar sistemas alternativos de comunicação, para os alunos impedidos de comunicação oral, tanto no processo de ensino e aprendizagem como no processo de avaliação;favorecer a eliminação de sentimentos de inferioridade, ou de fracasso.
Por fim as adaptações curriculares em relação ao currículo regular colocar para o conjunto dos alunos, envolvendo transformações nos objetivos, conteúdos, atividades e estratégias de avaliação, tendo a finalidade de atender às necessidades educacionais dos alunos, permitindo-lhes, através de estratégias diversas, a ampliação de suas possibilidades e a construção de seu conhecimento.
Deste modo todo o processo de avaliação do aluno deve existir em parceria com o contexto educacional mais amplo – o que possibilita a reflexão dos envolvidos na participação e na construção da sociedade, bem como a formação de recursos humanos adequados à criação de uma Educação Inclusiva.
CONSIDERAÇOES FINAIS
As tendências atuais, vão no sentido da promoção de uma escola para todos, perspectivando-se a escola como uma estrutura educativa de apoio social, capaz de responder à diversidade de todos os seus alunos. Resposta à diversidade sugere que a escola promova uma educação que tenha em conta as necessidades individuais de todos os seus alunos e pressupõe uma nova filosofia organizacional, firme nos princípios da inclusão e da diversidade.
Implicando desta forma na formação de um professor cujo perfil de atuação seja compatível com a evolução dos conceitos educacionais que hoje apontam para a educação desse segmento escolar.
Compete desta forma, que à escola (re) construa um currículo proposto a nível nacional, tomando decisões que tenham como referência as características e necessidades educativas de todos os seus alunos com e sem necessidades educativas especiais e os recursos de que dispõe. Ou seja, cada escola deve proceder a uma adaptação curricular de acordo com sua realidade social.
Assim, as adaptações curriculares por todo seu processo dinâmico e flexível contribuíram de forma positiva e exitosa para desenvolvimento do educando. Em síntese, as adaptações deverão ser implementadas, garantindo a cada aluno as respostas educacionais de que necessita, sejam elas quais forem, bem como de qual natureza e complexidade o forem.
Deste modo às adaptações curriculares precisam estar focadas em promover grandes articulações, rever conceitos no ensino e aprendizado, garantir acessibilidade e permanência a todos.
Pois uma escola inclusiva pressupõe um atendimento a uma população cada vez mais diversa e heterogênea, onde todos devem obter uma resposta qualificada para as suas necessidades educativas, através das adaptações curriculares ao currículo formal. Sendo assim, o princípio fundamental da escola inclusiva é de que os alunos sempre que possível devem aprender juntos independentemente de suas dificuldades ou diferenças. A idéia fundamental nesse princípio é a de que as escolas devem adequar-se a todos os alunos, qualquer que seja sua condição física, social,
Emocional, lingüística ou de outro tipo.
Diante deste processo dinâmico e flexível a avaliação sistemática deve andar junto com todo processo de ensino e aprendizado, visto que uma Educação Inclusiva implicar no ensino para todos, não só do ponto de vista da quantidade, mas também da condição, onde os alunos possam apropriar-se tanto dos saberes já disponíveis no mundo quanto das formas e das probabilidades de novas construções que, através de seu conhecimento e de sua atuação cotidianas, irão criar, disponibilizando-as aos outros educandos, uma troca constante de novos aprendizados.
A constituição de uma Educação Inclusiva não é nada simples, requer a participação e sensibilidade de todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: a reorganização do trabalho pedagógico. Porto Alegre: Mediação, 2008
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: Com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2009
COLL, César. Desenvolvimento psicológico e educação/ organizado por César Coll, Àlvaro Marchesi e Desus Palacios; trad. Fátima Murad 2. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2004.
http://www.cnotinfor.pt/inclusiva/report_educacao_inclusiva_rio_janeiro_pt.html acesso 18/05/2011
Rejane Gonçalves Mota Souza
RESUMO
As adaptações curriculares dentro de uma perspectiva de educação inclusiva tem despertado interesse no contexto escolar abrindo deste modo fóruns de discussão sobre a sua importância na garantia de uma educação plena para que todos tenham acesso e permanência.. Esse artigo tem como tema central "As adaptações curriculares” uma reflexão entre as novas possibilidades de implementação no cotidiano escolar, ferramenta facilitadora entre os educadores e seus educandos. O cotidiano escolar ao longo dos anos vem sofrendo transformações, deste modo exigindo de novas práticas educacionais, um novo olhar em relação ao exercício docente com o intuito de desvelamento, buscando conhecer e compreender a trajetória da inclusão escolar. A legislação educacional tem o papel normativo de garantir a inclusão, porém a lei não consolida ao ser posta em prática, depende deste modo da integração e da participação de toda comunidade escolar para que assim, ocorram as devidas mudanças e transformações. Diante deste contexto as adaptações curriculares numa escola inclusiva apresenta e sugere desafios de uma nova superação, como ferramenta facilitadora para desenvolvimento educacional para os alunos buscando seu crescimento e melhor aprendizado.
Palavras-chave: Educação inclusiva- competências do educador - adaptações curriculares –
A educação inclusiva tem como ponto de vista os documentos legais, os planos e políticas educacionais. Esta tem por objetivo oportunizar a acessibilidade de todos os Portadores de Necessidades Educativas Especiais (PNEE), atendendo dessa forma, as exigências de uma sociedade que vem combatendo preconceito e discriminação. Com isso, nota-se ainda, que é relevante observar as condições das instalações para que haja a mobilidade com autonomia e segurança constituindo o direito universal e desse modo resultar conquistas sociais dentro do contexto de cidadania.
A inclusão escolar, a ser implementada desde os primeiros anos de vida da criança torna-se uma alternativa no dito período infantil, oportunizando o convívio com outras crianças dentro das classes regulares. Dentro dessa nova perspectiva, a educação assume as funções social, cultural e política, garantindo, além das necessidades básicas essenciais ao processo de desenvolvimento e aprendizagem, a construção do conhecimento de forma significativa, através das interações que estabelece com o meio. Assim, a escola promove a oportunidade de convívio com a diversidade e a singularidade, e a participação de alunos e pais na comunidade de forma aberta, flexível e acolhedora. Deste modo CARVALHO traz pág.101.
“Ao pensar na proposta de educação inclusiva, além de estendê-la a todos sem exceções, cumpre relembrar que o processo educacional não se limita ao espaço escolar.
Na escola ele se sistematiza no projeto curricular que inspira as práticas pedagógicas, com ênfase para a desenvolvida em sala de aula.”
Numa escola inclusiva, parte-se do princípio de que a diversidade é um aspecto enriquecedor de um grupo e de que as respostas diferenciadas exigidas por alguns alunos podem beneficiar todos os outros.
Nesta perspectiva, a questão da inclusão se tornou uma das alternativas possíveis para que o processo de inserção se torne verdadeiramente produtivo é necessário que haja uma integração entre toda a comunidade escolar, onde todos possam acolher e reconhecer as diferenças individuais que atendam a todos que necessitam.
Deste modo percebe-se que a educação inclusiva vai além dos muros escolares, o processo de aprendizado não decorre apenas no contexto escolar, vai além, envolve também o seio familiar e a sociedade. CARVALHO menciona na pág.102: “ a proposta de educação inclusiva tem provocado uma verdadeira crise de identidade na escola, levando-a a ressignificar seu papel, suas crenças, políticas e práticas pedagógicas”.
Assim, neste contexto se faz necessárias reflexões para buscarmos qualidade no ensino aprendizado revendo práticas obsoletas.
A escola exerce uma função primordial na vida de todos os sujeitos envolvidos com ela. Depende do grupo docente, que estas funções sejam desempenhadas de forma a construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos, inclusive e, principalmente, para aquelas pessoas que apresentam algumas desvantagens e que está há muito tempo à margem de nossa sociedade. Conforme BLANCO pág. 290:
“ A educação escolar tem como objetivo fundamental promover, de forma intencional, o desenvolvimento de certas capacidades e apropriação de determinados conteúdos da cultura, necessários para que os alunos possam ser membros ativos e seus âmbito socialcultural de referência. Para atingir o objetivo indicado, a escola deve conseguir o difícil equilíbrio de oferecer uma proposta educativa”.
Tendo em vista a subjetividade de cada aluno, existem necessidades comuns e compartilhadas por todos, neste cenário que precisam ser levados em consideração sua bagagem sociocultural para as devidas adaptações curriculares, deste modo menciona ainda BANCO pág. 290.
“ O conceito de diversidade remete-nos ao fato de que todos os alunos tem necessidades educativas individuais próprias e especificas para ter acesso ás experiências de aprendizagem necessárias à sua socialização cuja satisfação requer atenção psicológica individualizada.
Percebe-se deste modo que nem toda limitação do educando é especial, assim algumas necessidades individuais podem ser atendidas com uma atividade diferenciada que o professor pode desenvolver em sala de aula, para que se tenha êxito e sucesso vai depender do educador conheça as necessidades específicas deste aluno demonstrando afeto e sentimento a seu respeito, principalmente daqueles que apresentam maiores positivo dificuldades, pois estes alunos se sentirão confiantes e perceberão que o professor acredita em suas potencialidades e capacidades de aprender e se desenvolver. Sentimentos de autoconfiança e afeto são fundamentais para a aprendizagem e, com isto, consiga interagir de maneira pertinente.
Para facilitar o ensino aprendizado um currículo aberto e flexível é condição primordial para dar conta á diversidade que se situa no contexto educacional, neste cenário implica novas decisões a serem tomadas para assegurar a igualdade de oportunidades
Deste modo há também a necessidade ler, refletir sobre a lei que fala sobre currículo, pois um plano pedagógico e como todo plano, pode ser revisto, modificado e adaptado. Os alunos precisam de uma metodologia voltada para suas necessidades. COLL na pág. 292 traz: “ A experiência demonstra que a resposta à diversidade e à educação dos alunos com necessidades especiais deve ser um projeto da escola, e não de professores isolados.”
Assim, a integração dos atores envolvidos é o primeiro passo ao sucesso no aprendizado, ter um olhar diferenciado e incluir este olhar nas adaptações curriculares e o caminho, tendo em vista que as pessoas não são iguais, portanto o aprendizado também não é igual. A aprendizagem situa-se num processo de enriquecimento tanto para quem oferece como para quem recebe.
Assim, é no planejamento que as competências do educador estarão a prova, visto que no plano esta o difícil equilíbrio em formatar a demanda de cada educando. “ Isso implica o conhecimento tanto de características e das necessidades educativas do grupo(níveis de competências curricular, interesse, tipos de relação que se estabelecem “ COLL pág. 293
Desta forma cabe romper com estigmas tradicionais onde o convencional de alunos fazendo a mesma coisa, na mesma hora e trazer o novo, organizar novas proposta a frente a superação de dificuldades e limitações. Neste contexto reconsiderar novos valores trazidos pelos educando deste modo conseguindo maior integração e participação.
Cabe os educadores avaliar bem as probabilidades de aprendizados dos alunos, valorizando suas especificidades. Assim, COLL completa na pág. 294:
“Sempre que se inicia um processo de aprendizagem, mediante as diversas unidades didáticas, é fundamental explorar os conhecimentos, as idéias e as experiências anteriores dos alunos acerca de novos conteúdos, e durante o próprio processo observar como avançam, de modo a proporcionar-lhe as ajudas necessárias. “
Portanto a competência do educador em ajudar a construir novas formas de aprendizados torna-se mais significativas e exitosas. COLL ainda contempla trazendo alguns pontos significativos e importantes para organização do seu planejamento pág.294 à 296.
*Utilizar estratégias metodológicas diversificadas com base em alguns princípios pedagógicos essenciais que permitem ajustar a ajuda pedagógica às diferentes necessidades aos estilos de aprendizagem e os processos de construção de cada aluno;
*Utilizar estratégias de cooperativa;
*Oferecer experiências e atividades diversificadas que permitam trabalhar conteúdos com diversos graus de complexidades;
*Abrir a possibilidade de que os alunos escolham entre diferentes atividades e decidam a forma de realizá-las;
* Dar oportunidades para que os alunos pratiquem e apliquem de forma autônoma o que aprenderam;
*Utilizar uma gama de materiais que possibilitem diferentes atividades, que abordem determinados temas e conteúdos com diferentes níveis de complexidade e permitam diferentes formas de utilização;
*Combinar diferentes tipos de agrupamento, tanto no que se refere ao tamanho como critérios de homogeneidade ou heterogeneidade que permitam proporcionar respostas diferenciadas em função dos objetivos que se persigam, da natureza dos conteúdos a trabalhar e das características e dos interesses dos alunos;
* Utilizar procedimentos de avaliação distintos que se adaptem a diferença estilos e capacidades e possibilidades de expressão dos alunos;
* Organizar o espaço de sala de aula de forma que seja agradável, facilite a autonomia e a mobilidade dos alunos e possa adaptar se ao diferentes tipos de atividades e agrupamentos;
* Organizar o horário da classe levando em conta o tipo de metodologia e de atividade a realizar como também as necessidades de apoio de que possam necessitar determinados alunos;
Criar um clima de respeito e de valores entre alunos: estabelecer canais de comunicação; propor atividades que propiciem a coesão do grupo e a regulação da vida da classe.
O item mencionado acima contempla bem a forma de organização de ensinos estratégias facilitadora para a educação dos alunos. Deste modo situa-se no processo de iniciativa para seu desenvolvimento e crescimento, ressaltando a diversidade de cada individuo.
As adaptações curriculares não estão atreladas somente aos alunos com necessidades especiais, mas a todos que por condições adversas necessitam defasagem no seu aprendizado.
Deste modo cabe ao educador avaliar e identificar tais defasagem, CARVALHO pág. 105 menciona que as adaptações curriculares incidem em alterações diretamente realizadas pelos professores para dar respostas às necessidades de cada aluno, individualmente dos que se deparam com dificuldades na aprendizagem. Cabe destacar ainda:
“ Não se trata de elaborar um outro currículo e sim trabalhar com o que for adotado, fazendo ajustes necessários “flexibilização nos objetivos, conteúdos, metodologia de ensino, temporalidade, e nas práticas de avaliação da aprendizagem”. (CARVALHO pág. 105)
È bom lembrar que o projeto curricular de uma escola inclusiva é uma medida extraordinária e implica sua justificativa, pois as adaptações curriculares assegura ao educando meios e respostas educativas, consegue estabelecer uma relação entre a necessidade educativa individuais e coletivas, ordena a participação dos diferentes profissionais, beneficia a participação e colaboração da família, requer,gradualmente, o aluno para situações mais normalizadoras.
COLL (2004) apresenta muito claro as características das adaptações curriculares onde possuem maior valorização da avaliação inicial para tomada de decisões, não há necessidade de explicar todos as informações com a mesma exaustividade, mas apenas aqueles em que é necessários proporcionar situações freqüentes, são planejadas em conjunto entre o professor e os especialistas que desenvolvem apoio e assessoramento.
As adaptações curriculares devem ser pensadas por escrito, para que aja uma sistematização de todo o processo. COLL, 2004 pág.299) destaca que importante contemplar: :
“ Informações relevantes do processo de avaliação; definição das necessidades educacionais especiais,proposta curricular que especifique as decisões relativas ao quê, como e quando ensinar e avaliar nas diversas áreas que necessita, provisão de recursos materiais, ajudas pessoais e modalidades de apoio, colaboração da família, acompanhamento das decisões tomadas
Assim no que se refere aos ajustes que cabem ao professor desenvolver e programar para garantir o acesso do aluno com necessidades especiais a todas as instâncias do currículo escolar encontram-se, de maneira geral: criar condições físicas, ambientais e materiais para a participação do aluno com necessidades especiais na sala de aula; favorecer os melhores condição de comunicação e de interação do aluno com as pessoas com os quais convive na comunidade escolar; favorecer a participação do aluno nas atividades escolares; atuar para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos necessários; adaptar materiais de uso comum em sala de aula; adotar sistemas alternativos de comunicação, para os alunos impedidos de comunicação oral, tanto no processo de ensino e aprendizagem como no processo de avaliação;favorecer a eliminação de sentimentos de inferioridade, ou de fracasso.
Por fim as adaptações curriculares em relação ao currículo regular colocar para o conjunto dos alunos, envolvendo transformações nos objetivos, conteúdos, atividades e estratégias de avaliação, tendo a finalidade de atender às necessidades educacionais dos alunos, permitindo-lhes, através de estratégias diversas, a ampliação de suas possibilidades e a construção de seu conhecimento.
Deste modo todo o processo de avaliação do aluno deve existir em parceria com o contexto educacional mais amplo – o que possibilita a reflexão dos envolvidos na participação e na construção da sociedade, bem como a formação de recursos humanos adequados à criação de uma Educação Inclusiva.
CONSIDERAÇOES FINAIS
As tendências atuais, vão no sentido da promoção de uma escola para todos, perspectivando-se a escola como uma estrutura educativa de apoio social, capaz de responder à diversidade de todos os seus alunos. Resposta à diversidade sugere que a escola promova uma educação que tenha em conta as necessidades individuais de todos os seus alunos e pressupõe uma nova filosofia organizacional, firme nos princípios da inclusão e da diversidade.
Implicando desta forma na formação de um professor cujo perfil de atuação seja compatível com a evolução dos conceitos educacionais que hoje apontam para a educação desse segmento escolar.
Compete desta forma, que à escola (re) construa um currículo proposto a nível nacional, tomando decisões que tenham como referência as características e necessidades educativas de todos os seus alunos com e sem necessidades educativas especiais e os recursos de que dispõe. Ou seja, cada escola deve proceder a uma adaptação curricular de acordo com sua realidade social.
Assim, as adaptações curriculares por todo seu processo dinâmico e flexível contribuíram de forma positiva e exitosa para desenvolvimento do educando. Em síntese, as adaptações deverão ser implementadas, garantindo a cada aluno as respostas educacionais de que necessita, sejam elas quais forem, bem como de qual natureza e complexidade o forem.
Deste modo às adaptações curriculares precisam estar focadas em promover grandes articulações, rever conceitos no ensino e aprendizado, garantir acessibilidade e permanência a todos.
Pois uma escola inclusiva pressupõe um atendimento a uma população cada vez mais diversa e heterogênea, onde todos devem obter uma resposta qualificada para as suas necessidades educativas, através das adaptações curriculares ao currículo formal. Sendo assim, o princípio fundamental da escola inclusiva é de que os alunos sempre que possível devem aprender juntos independentemente de suas dificuldades ou diferenças. A idéia fundamental nesse princípio é a de que as escolas devem adequar-se a todos os alunos, qualquer que seja sua condição física, social,
Emocional, lingüística ou de outro tipo.
Diante deste processo dinâmico e flexível a avaliação sistemática deve andar junto com todo processo de ensino e aprendizado, visto que uma Educação Inclusiva implicar no ensino para todos, não só do ponto de vista da quantidade, mas também da condição, onde os alunos possam apropriar-se tanto dos saberes já disponíveis no mundo quanto das formas e das probabilidades de novas construções que, através de seu conhecimento e de sua atuação cotidianas, irão criar, disponibilizando-as aos outros educandos, uma troca constante de novos aprendizados.
A constituição de uma Educação Inclusiva não é nada simples, requer a participação e sensibilidade de todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: a reorganização do trabalho pedagógico. Porto Alegre: Mediação, 2008
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: Com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2009
COLL, César. Desenvolvimento psicológico e educação/ organizado por César Coll, Àlvaro Marchesi e Desus Palacios; trad. Fátima Murad 2. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2004.
http://www.cnotinfor.pt/inclusiva/report_educacao_inclusiva_rio_janeiro_pt.html acesso 18/05/2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
Inclusão social
Trabalhar com inclusão é um grande desafio que demanda um olhar muito sensível para o outro.
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